sexta-feira, 7 de maio de 2010

Refinaria

Reginaldo Francisco


Interrogo-me constantemente sobre as impurezas (in)dissolúveis do coração. Estas impurezas são resultados de relacionamentos mal vivenciados, superficiais, egoístas e pretensiosos; são quimeras teológicas fundamentalistas; são falsas crendices absorvidas ao longo do tempo nos redutos pentecostais; são momentos simples não vivenciados por sobrecarregar a agenda com compromissos frívolos.
Redescobri que a "casa de livros" é uma refinaria. Lá posso purificar-me! Com uma dose de poesia, com a fragrância dos romances e com o evangelho destilador, consigo fracionar os elementos que formam meu caráter, responsáveis em dizer quem eu sou.
Assim estarei puro? Não! Mas na refinaria literária o craqueamento me humaniza, pois descubro que não sou totalmente (im)puro.
Destilado, preciso com responsabilidade, separar o melhor de mim.


RF
07/05/10

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